Olá meus queridos sapateadores!

Este blog dispoe de várias informações interessantes pra você que quer conhcer a História do Sapateado, curiosidades sobre alguns sapateadores importantes, fotos e também um trabalho sore A INFLUENCIA DO SAPATEADO AMERICANO NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DA CRIANÇA, é só clicar em Arquivo do Blog, ou mandar um Email para gisellamartins@yahoo.com.br

Entre e fique a vontade!
Happy shuffles to you!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Saudade de Jimmy Slyde




Nossos pés podem estar mais tristes, mas o céu certamente sapateia ainda mais feliz. A Jam lá em cima já devia estar animada com Gregory Hines, The Nicholas Brothers, Bill Bojangles, Honi Coles, Sammy Davis Jr., Fred Astaire, Gene Kelly entre muitos outros gênios...
Agora então que Jimmy passou para o lado de lá com seus slides a Jam ficou mais rica!






...fantástico!


quarta-feira, 7 de maio de 2008

25 de MAIO - DIA INTERNACIONAL DO SAPATEADO!



A História do Sapateado

Muito se fala sobre a história do sapateado, mas sua origem é o fato que causa grande controvérsia, justamente por parecer ter originado de vários lugares. A conclusão de inúmeras pesquisas nos leva a crer em três principais influências.

A primeira nos remete ao século V na Irlanda, onde os camponeses que usavam sapatos com solado de madeira para aquecer os pés, começaram a brincar com os sons que esses sapatos faziam. Criavam diversos ritmos, originando uma dança conhecida como Irish Jig.

Já na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, os operários usavam sapatos de madeira para se protegerem do chão muito quente das fábricas. Nos intervalos de trabalho, os operários ingleses se divertiam com os sons produzidos por aquele sapato, criando uma nova dança chamada Lancashire Clog. Mais tarde os tamancos de madeira foram substituídos por moedas de cobre presas aos sapatos de couro.

Outra influência também muito forte veio das danças africanas, que eram feitas pelos escravos em suas poucas horas de lazer. Alguns senhores feudais admiravam essas danças que uniam o trabalho dos pés descalços a movimentos do corpo, e usavam seus escravos para seu próprio entretenimento.

Entre os anos de 1909 e 1920, vários estilos musicais e de dança foram criados nos EUA como o “FOX TROT”, “TUKEY TROT” e o “LINDY HOP”, por exemplo. E com a chegada dos africanos e europeus na América do Norte, essa fusão de informações se uniu ao estilo musical americano que estava em alta, então começaram a surgir os sapatos com chapinhas de metal nas solas. O Sapateado Americano se consolidou realmente no início da década de 20, quando foi criado o espetáculo “Shuffle Along”, onde 16 bailarinas executavam a mesma coreografia dando origem ao chamado “chorus line” e revolucionando os palcos da Broadway.

Desde então, até meados dos anos 40 o sapateado proliferou como uma febre nos Estados Unidos, espetáculos de Vaudeville, musicais da Broadway, casas de shows, clubes de jazz, em fim, estava por toda parte até nas ruas e esquinas de New Orleans ou do Harlem. Esta é uma vertente na história do sapateado desconhecida pelo grande público, onde grandes sapateadores se desafiavam e criavam seus estilos próprios dentro de uma mesma característica: os pés plantados quase que inteiramente no chão, então chamados de HOOFERS, os principais eram: Honi Coles, Cholly Atkins, Sandman Sims, Jymmy Slide, Steve Condos, Bunny Briggs, Arthur Duncan, The Nicholas Brothers e Sammy Davis Jr ; que apesar de espetaculares não conseguiam papéis em filmes ou musicais da Broadway.

Mas onde entra Bill Bojangles nessa história? Bem, para a nova geração Bojangles não passa de um ilustre desconhecido, mas a verdade é que sua contribuição para o sapateado foi muito valiosa e específica: ele o levou para a “meia ponta” , trazendo aos palcos uma leveza e uma clareza nos passos jamais vista na tradição dos hoofers que dançavam com os pés inteiros no chão. A pouca movimentação dos braços era notada em ambos os estilos, mas o gingado do corpo e o som preciso de Bojangles era ritmicamente perfeito e inconfundível.
Nasceu em 25 de Maio de 1878, em Richmond, Virgínia. Em 1898 foi para Nova Iorque tentar a vida de bailarino,mas sua vida por lá não foi nada fácil; Bojangles fez o que parecia impossível, quebrou a chamada “regra dos dois negros”, onde uma dupla de sapateadores negros interpretava situações consideradas “engraçadas” para uma platéia homogeneamente branca, sendo que, a humilhação da própria raça era o toque principal para despertar gargalhadas na platéia. Mas Bill Robinson era corajoso e fantástico, começou a subir ao palco sozinho, mas ainda em uma situação no mínimo inusitada pois, coisas estranhas aconteciam no show business. Quando os brancos começaram a admirar negros nos palcos, alguns artistas brancos ficaram sem trabalho, então passaram a se pintar de negro. Essa “fantasia” era muitas vezes reconhecida pela platéia, mas o que valia para eles era o estigma de ver um negro sapateando e divertindo-os. Ao mesmo tempo, para os negros era difícil conseguir trabalho em grandes teatros e casas de shows. Diante disso, Bojangles, que era negro, passou a se pintar de preto querendo parecer branco pintado de negro, dá pra entender porque esse tipo de coisa acontecia? Mas ele já estava preparando a grande surpresa. Em um show no Canadá, subiu ao palco pela primeira vez sem a tinta preta, sua elegância superou toda e qualquer expectativa, calando a boca do preconceito velado e fazendo desta turnê um verdadeiro sucesso. 
 

Sem dúvida, Bojangles foi um divisor de águas, mas sua maior contribuição ao sapateado foi o estilo charmoso e a técnica precisa e apurada de dançar na “meia-ponta” . Era admirado até pelos Roofers, produzindo ritmos enlouquecedores e também admiráveis. Mas o estilo de Bill Bojangles Robinson estabeleceu claramente essas duas formas de sapatear.

Só aos 31 anos seu trabalho foi reconhecido e então contratado pela produção do show Blackbirds, onde apresentava um número em que subia e descia uma escada sapateando. Mais tarde esse seria o marco de sua carreira.  Com o sucesso de Blackbirds, Bojangles tornava-se cada vez mais respeitado no mundo dos espetáculos, passando a ser o primeiro negro a conquistar um papel na Broadway em 1930 com o musical BROWN BUDDIES. Também conquistou Hollywood (em 1932), onde liderou o primeiro casal inter-racial da história do cinema americano, contracenando com Shirley Temple, com apenas 7 anos na época, em “The Little Colonel” , a dupla se deu tão bem que protagonizaram mais três filmes: “Hooray for Love”, “The Littlest Rebel” e “Big Broadcast of 1936”.

Parecia que o racismo no cinema estava chegando ao fim, mas a realidade era outra, quando Eleanor Powell foi cogitada a dançar ao seu lado, esse projeto foi barrado pelas leis da época que não permitiam que um negro contracenasse com uma mulher branca.
Bojangles fez ao todo 14 filmes e era atração frequente do Cotton Club, sem contar os inúmeros shows da Broadway que participou nos anos seguintes. Morreu em 1949, coberto de glória e endividado, mas sua genialidade deve ser lembrada não só a cada 25 de maio, mas sempre que colocarmos um par de sapatos com chapinhas nos pés.

O racismo continuava presente e muito forte também na área artística dos EUA, o sapateado conquistou as telas do cinema, porém seus protagonistas eram dançarinos brancos, deixando para os negros os papéis secundários, mas ainda assim há de se reverenciar os grandes mestres que ajudaram a fortalecer esta cultura, com classe, elegância, versatilidade em unir o sapateado a outras técnicas como a dança de salão, o ballet clássico e a dança moderna; e sem dúvida uma técnica apuradíssima, são eles: Fred Astaire, Ginger Rogers, Gene Kelly, Ann Muller, Donald O´Connor, entre outros, a partir de 1933.

Nas décadas de 50 e 60 o sapateado sumiu do cenário cultural americano, as grandes formações musicais estavam sendo desfeitas porque seus integrantes rumavam para o combate: A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. A motivação dos jovens para ver sapateadores acompanhando as Big Bands estava esmorecendo e o gosto musical daquela época também estava mudando – era a explosão do ROCK´N ROLL. Muitos achavam que o sapateado iria simplesmente morrer e levar com ele toda uma história. Mas nos anos 70 começou uma mobilização de alguns sapateadores com o objetivo de fazer essa arte “reviver”.

Pode-se dizer que Brenda Bufalino tem um papel fundamental nessa história, sua energia e determinação proporcionaram novos rumos ao TAP DANCE. Brenda foi parceira do lendário Honi Coles por muitos anos, e em 1978 criou a American Tap Dance Orchestra, uma companhia caracterizada por suas construções rítmicas interagindo diretamente com os músicos.
Juntamente com Brenda , GREGORY HINES deu sua valiosa contribuição para o retorno do sapateado aos palcos da Broadway. Gregory Hines ficou famoso no mundo inteiro contracenando com o bailarino Mikhail Baryshnikov em “O Sol da Meia Noite”, faleceu em 2003, vítima de câncer, mas deixou sua marca, a versatilidade, era tão maravilhoso com seu estilo hoofer como quando dançava no estilo tradicional em coreografias de Honi Coles, por exemplo. Gregory Hines também revelou outro grande talento, SAVION GLOVER, considerado um dos maiores sapateadores da atualidade. Desde então, a Broadway e os mestres da chamada “velha guarda” também vêm revelando nomes como: Jason Samuels Smith, Chloe Arnold, Michelle Dorrance, Cintia Chamecki (brasileira radicada em NY), entre outros. Por isso temos certeza que essa arte não vai morrer, pois são desenvolvidos trabalhos sérios no mundo inteiro através de grandes companhias e professores que formam seus alunos.


Gisella Martins


quinta-feira, 24 de abril de 2008

A Importância do Sapateado Americano no Desenvolvimento Neuropsicomotor da Criança

Estes são alguns trechos do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção de título de graduação do curso de Fisioterapia da Universidade Anhembi Morumbi (2006), desenvolvido por Gisella Martins sob a orientação da Profª Drª Maria Elizabete Guazzelli; podendo ser utilizado como fonte de pesquisa ou inspiração para outros trabalhos.


"INTRODUÇÃO

A sabedoria popular nos mostra constantemente o quanto a dança pode exercer influência sobre a vida das pessoas e o quanto pode ser benéfico, uma atividade lúdica, na recuperação de pessoas com depressão, na melhora da auto-estima, na inclusão social, e na manutenção da atividade física.

O Sapateado Americano é uma modalidade de dança com uma origem popular e que aos poucos tomou conta de uma nação tornado-se o símbolo daquele país. Tem como principal meio de execução, o tronco e os pés contendo em cada sola dos sapatos de couro, duas chapinhas de metal – uma na altura dos dedos e outra no calcanhar ; podendo ter a utilização de músicas ou não. O objetivo do Sapateado como forma de expressão é a construção rítmica, por isso, quando executado com música deve passar a fazer parte dela como se fosse um instrumento de percussão, da mesma forma quando feito “à capela”, deverá ser contagiante e ritmicamente construído na forma musical. Para o aproveitamento das aulas de Sapateado é necessário que o aluno, tanto criança como adulto, tenha boa concentração e coordenação motora; porém, como já foi citada, a “sabedoria popular”, também nos diz que a dança pode ajudar no desenvolvimento dessa coordenação.

O presente trabalho tem como relevância, o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, e a pergunta a ser feita nesta pesquisa de campo, é se o Sapateado Americano pode influenciar nesse desenvolvimento."




"Modelo de Organização Funcional do Cérebro

Segundo LURIA (1973 apud FONSECA, 1995), existem três unidades funcionais fundamentais do desenvolvimento humano, a primeira faz a regulação do tônus cortical e a função de vigilância; a segunda capta, processa e armazena a informação vinda do mundo exterior; e a terceira programa, regula e verifica a atividade mental; sendo que o mesmo autor também acredita que essas três unidades não trabalham isoladamente, pois a mudança ou a organização de uma unidade interfere na mudança ou organização das outras unidades. A primeira unidade entra em atividade já no desenvolvimento intra-uterino e desempenha um papel decisivo no parto e nos primeiros processos de maturação motora antigravitacional; a segunda unidade entra em jogo mais tarde, já em termos do desenvolvimento extra-uterino, desempenhando um papel de transação entre o organismo e o meio, entre o espaço intracorporal e o espaço extracorporal; a terceira unidade depende das duas primeiras, vai atuar posteriormente, reunificando-as em termos de planificação de condutas cada vez mais conscientizadas e corticalizadas. Mas para que o movimento se desenvolva adequadamente não basta contar com um “esquema espacial” ou com uma estruturação espacial, é necessário contar com os impulsos constantes que vêm dos órgãos do movimento, ou seja, “as aferências proprioceptivas, vestibulares e posturais, que indicam a posição do corpo e a relação que ocupam as suas extremidades no espaço, sem as quais o movimento não pode ser coordenado”. A recepção da informação, que parte dos fusos musculares, dos músculos, tendões e articulações, que é recebida no cérebro, depois de ter sido subprocessada no cerebelo, e que atinge essencialmente as zonas parietais (zonas que Luria designa por aparelho cortical da sensibilidade músculo-articular), é crucial o plano de movimento. (Luria, 1973, apud FONSECA, 1995, p.56-93)."



"A Habilidade Motora

Ao se deparar com uma nova habilidade motora, a criança sente naturalmente a necessidade de criar sua própria maneira de entendimento e memorização, já que é fácil perceber em uma sala de aula que algumas crianças tendem a memorizar mais rapidamente que outras. Daí a importância de um professor preparado não apenas no que diz respeito à técnica em si, mas também didaticamente; respeitando o tempo de cada criança tornado essa turma o mais homogênea possível.

Alguns movimentos utilizados no Sapateado Americano podem ser facilmente adaptados para a vida cotidiana da criança, como: andar, correr, pular, trocar os pés, bater palmas; mas certamente haverá um estranhamento em relação a outros passos combinados, pois não serão atividades motoras conhecidas. Desta forma, a repetição será o recurso mais utilizado a fim de fazer o aluno superar as dificuldades motoras, e o desafio do professor será aumentar cada vez mais a motivação desse aluno em uma atividade repetitiva. (BERTAZZO, 1998)."




"A importância da Atividade Lúdica

A atividade lúdica pode ser definida como a interação direcionada para a criança e manipulação de objetos e indivíduos com pensamentos de gratificação e estimulação. As atividades lúdicas devem ter algum significado para a criança e os tipos de atividades que interessam a ela dependem das suas experiências de desenvolvimento e mudam com um padrão previsível conforme a criança ganha maturidade. (ROTLIFFE, 2002).

Certamente a dança se encaixa nestes parâmetros, pois o trabalho com o corpo gera a consciência corporal, a criança questiona-se e começa a compreender o que se passa consigo e com seus colegas ao redor, torna-se mais espontâneo e expressa seus desejos de forma mais natural. (SCARPATO, 2001).

Dançar é tão importante para uma criança quanto falar, contar ou aprender geografia. É fundamental para a criança que nasce dançando, não desaprender essa linguagem pela influência de uma educação repressiva e frustrante. (GARAUDY apud BÉJART, 1980).

O Sapateado Americano pode ser considerado uma atividade lúdica, já que socializa a criança, desperta sua criatividade e musicalidade, traz essa criança a um envolvimento emocional e cultural, de forma que ela nem perceba que está em um processo de aprendizagem. Algumas ações dentro desse processo podem ter a utilização de brincadeiras e jogos, como por exemplo: a dança das cadeiras, e o jogo da memória, sendo que serão feitas as devidas adaptações para a inclusão da técnica do sapateado a essas brincadeiras e jogos, colocando assim, o lúdico dentro do lúdico.
"




Gisella Martins

Quer conhecer este trabalho na íntegra?
Entre em contato: gisellamartins@yahoo.com.br

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A História do Sapateado


Muito se fala sobre a história do sapateado, mas sua origem é o fato que causa grande controvérsia, justamente por parecer ter originado de vários lugares. A conclusão de inúmeras pesquisas nos leva a crer em três principais influências.
A primeira nos remete ao século V na Irlanda, onde os camponeses que usavam sapatos com solado de madeira para aquecer os pés, começaram a brincar com os sons que esses sapatos faziam. Criavam diversos ritmos, originando uma dança conhecida como Irish Jig.
Já na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, os operários usavam sapatos
de madeira para se protegerem do chão muito quente das fábricas. Nos intervalos de trabalho, os operários ingleses se divertiam com os sons produzidos por aquele sapato, criando uma nova dança chamada Lancashire Clog. Mais tarde os tamancos de madeira foram substituídos por moedas de cobre presas aos sapatos de couro.
Outra influência também muito forte veio das danças africanas, que eram feitas pelos escravos em suas poucas horas de lazer. Alguns senhores feudais admiravam essas danças que uniam o trabalho dos pés descalços a movimentos do corpo, e usavam seus escravos para seu próprio entretenimento.
Entre os anos de 1909 e 1920, vários estilos musicais e de dança foram criados nos EUA como o “FOX TROT”, “TUKEY TROT” e o “LINDY HOP”, por exemplo. E com a chegada dos africanos e europeus na América do Norte, essa fusão de informações se uniu ao estilo musical americano que estava em alta, então começaram a surgir os sapatos com chapinhas de metal nas solas.
O Sapateado Americano se consolidou realmente no início da década de 20, quando foi criado o espetáculo “Shuffle Along”, onde 16 bailarinas executavam a mesma coreografia dando origem ao chamado “chorus line” e revolucionando os palcos da Broadway.
Desde então, até meados dos anos 40 o sapateado proliferou como uma febre nos Estados Unidos, espetáculos de Vaudeville, musicais da Broadway, casas de shows, clubes d
e jazz, em fim, estava por toda parte até nas ruas e esquinas de New Orleans ou do Harlem. Esta é uma vertente na história do sapateado desconhecida pelo grande público, onde grandes sapateadores se desafiavam e criavam seus estilos próprios dentro de uma mesma característica: os pés plantados quase que inteiramente no chão, então chamados de HOOFERS, os principais eram: Honi Coles, Cholly Atkins, Sandman Sims, Jymmy Slide, Steve Condos, Bunny Briggs, Arthur Duncan, The Nicholas Brothers e Sammy Davis Jr ; que apesar de espetaculares não conseguiam papéis em filmes ou musicais da Broadway.

Mas onde entra Bill Bojangles nessa história? Bem, para a nova geração Bojangles não passa de um ilustre desconhecido, mas a verdade é que sua contribuição para o sapateado foi muito valiosa e específica: ele o levou para a “meia ponta” , trazendo aos palcos uma leveza e uma clareza nos passos jamais vista na tradição dos hoofers que dançavam com os pés inteiros no chão. A pouca movimentação dos braços era notada em ambos os estilos, mas o gingado do corpo e o som preciso de Bojangles era ritmicamente perfeito e inconfundível.
Nasceu em 25 de Maio de 1878, em Richmond, Virgínia. Em 1898 foi para Nova Iorque tentar a vida de bailarino,mas sua vida por lá não foi nada fácil; Bojangles fez o que parecia impossível, quebrou a chamada “regra dos dois negros”, onde uma dupla de sapateadores negros interpretava situações consideradas “engraçadas” para uma platéia homogeneamente branca, sendo que, a humilhação da própria raça era o toque principal para despertar gargalhadas na platéia. Mas Bill Robinson era corajoso e fantástico, começou a subir ao palco sozinho, mas ainda em uma situação no mínimo inusitada pois, coisas estranhas aconteciam no show business. Quando os brancos começaram a admirar negros nos palcos, alguns artistas brancos ficaram sem trabalho, então passaram a se pintar de negro. Essa “fantasia” era muitas vezes reconhecida pela platéia, mas o que valia para eles era o estigma de ver um negro sapateando e divertindo-os. Ao mesmo tempo, para os negros era difícil conseguir trabalho em grandes teatros e casas de shows. Diante disso, Bojangles, que era negro, passou a se pintar de preto querendo parecer branco pintado de negro, dá pra entender porque esse tipo de coisa acontecia? Mas ele já estava preparando a grande surpresa. Em um show no Canadá, subiu ao palco pela primeira vez sem a tinta preta, sua elegância superou toda e qualquer expectativa, calando a boca do preconceito velado e fazendo desta turnê um verdadeiro sucesso.
Sem dúvida, Bojangles foi um divisor de águas, mas sua maior contribuição ao sapateado foi o estilo charmoso e a técnica precisa e apurada de dançar na “meia-ponta” . Era admirado até pelos Roofers, produzindo ritmos enlouquecedores e também admiráveis. Mas o estilo de Bill Bojangles Robinson estabeleceu claramente essas duas formas de sapatear.
Só aos 31 anos seu trabalho foi reconhecido e então contratado pela produção do show Blackbirds, onde apresentava um número em que subia e descia uma escada sapateando. Mais tarde esse seria o marco de sua carreira.
Com o sucesso de Blackbirds, Bojangles tornava-se cada vez mais respeitado no mundo dos espetáculos, passando a ser o primeiro negro a conquistar um papel na Broadway em 1930 com o musical BROWN BUDDIES. Também conquistou Hollywood (em 1932), onde liderou o primeiro casal inter-racial da história do cinema americano, contracenando com Shirley Temple, com apenas 7 anos na época, em “The Little Colonel” , a dupla se deu tão bem que protagonizaram mais três filmes: “Hooray for Love”, “The Littlest Rebel” e “Big Broadcast of 1936”.
Parecia que o racismo no cinema estava chegando ao fim, mas a realidade era outra, quando Eleanor Powell foi cogitada a dançar ao seu lado, esse projeto foi barrado pelas leis da época que não permitiam que um negro contracenasse com uma mulher branca.
Bojangles fez ao todo 14 filmes e era atração frequente do Cotton Club, sem contar os inúmeros shows da Broadway que participou nos anos seguintes. Morreu em 1949, coberto de glória e endividado, mas sua genialidade deve ser lembrada não só a cada 25 de maio, mas sempre que colocarmos um par de sapatos com chapinhas nos pés.
O racismo continuava presente e muito forte também na área artística dos EUA, o sapateado conquisto
u as telas do cinema, porém seus protagonistas eram dançarinos brancos, deixando para os negros os papéis secundários, mas ainda assim há de se reverenciar os grandes mestres que ajudaram a fortalecer esta cultura, com classe, elegância, versatilidade em unir o sapateado a outras técnicas como a dança de salão, o ballet clássico e a dança moderna; e sem dúvida uma técnica apuradíssima, são eles: Fred Astaire, Ginger Rogers, Gene Kelly, Ann Muller, Donald O´Connor, entre outros, a partir de 1933.
Nas décadas de 50 e 60 o sapateado sumiu do cenário cultural americano, as grandes formações musicais estavam sendo desfeitas porque seus integrantes rumavam para o combate: A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. A motivação dos jovens para ver sapateadores acompanhando as Big Bands estava esmorecendo e o gosto musical daquela época também estava mudando – era a explosão do ROCK´N ROLL.
Muitos achavam que o sapateado iria simplesmente morrer e levar com ele toda uma história. Mas nos anos 70 começou uma mobilização de alguns sapateadores com o objetivo de fazer essa arte
“reviver”.
Pode-se dizer que Brenda Bufalino tem um papel fundamental nessa história, sua energia e determinação proporcionaram novos rumos ao TAP DANCE. Brenda foi parceira do lendário Honi Coles por muitos anos, e em 1978 criou a American Tap Dance Orchestra, uma companhia caracterizada por suas construções rítmicas interagindo diretamente com os músicos.
Juntamente com Brenda , GREGORY HINES deu sua valiosa contribuição
para o retorno do sapateado aos palcos da Broadway. Gregory Hines ficou famoso no mundo inteiro contracenando com o bailarino Mikhail Baryshnikov em “O Sol da Meia Noite”, faleceu em 2003, vítima de câncer, mas deixou sua marca, a versatilidade, era tão maravilhoso com seu estilo hoofer como quando dançava no estilo tradicional em coreografias de Honi Coles, por exemplo. Gregory Hines também revelou outro grande talento, SAVION GLOVER, considerado um dos maiores sapateadores da atualidade. Desde então, a Broadway e os mestres da chamada “velha guarda” também vêm revelando nomes como: Van Porter, Jason Samuels Smith, Cintia Chamecki (brasileira radicada em NY), entre outros. Por isso temos certeza que essa arte não vai morrer, pois são desenvolvidos trabalhos sérios no mundo inteiro através de grandes companhias e professores que formam seus alunos.


Gisella Martins












quinta-feira, 10 de abril de 2008




A Cia Let´s Tap  foi criada em maio de 2004 em comemoração ao Dia Internacional do Sapateado. Atualmente realiza diversos eventos no estado de São Paulo.




Diretora e coreógrafa: Gisella Martins

                            Contato: gisellamartins@yahoo.com.br









quarta-feira, 9 de abril de 2008





A Companhia Experimental de Sapateado, é uma companhia criada especialmente para ALUNOS de sapateado com o único objetivo de se divertirem no palco. Gente comum com coragem, determinação e muito amor pelo sapateado, mostram ao público que é possível tornar a vida fascinante!


Diretora e coreógrafa: Gisella Martins
Assistentes: Bruna Zanotto, Janaína Fazzio,
Luana Lorenzato


Integrantes: Adriana Takano, Bruna Zanotto, Cacilda Vilela, Carola Ahlgrimm, Fabiana Moura, Gisella Martins, Guy Paiva, Janaína Fazzio, Karen Mentone, Luana Lorenzato, Manuela Moutinho, Mônica Nilsson, Nilson Belarmino, Patrícia Barros, Ronaldo Alcântara.